A culpa é toda minha!



Filosofia e amendoim à parte...

Analisar e filosofar sobre situações crônicas é uma coisa muito linda. Isso ajuda a exercitar nosso saudoso e cada vez mais debilitado idioma que é covardemente  bombardeado pela indústria da ignorância: consideremos que nada vai mudar enquanto nossas bundas estiverem sobre nossos assentos.

Vejo que os maiores vilões do sistema foram aqueles que chamamos de "heróis" (sobretudo os que morreram de overdose). Renato Russo, Cazuza, Raul Seixas, etc. O que eles realizaram de sólido para nos manter em movimento, para nos tornar ativistas? N-A-D-A-! Absolutamente nada.

Como já dizia um desses "heróis" (talvez o maior deles): "... mas alimento para a cabeça nunca vai matar a fome de ninguém". Ele é tão insignificante, do ponto de vista pragmático, que não deixou qualquer legado histórico, político-cultural, tecnológico ou científico para as futuras gerações, e paulatinamente vem caindo no esquecimento. 



Vamos aos menestréis da nova horda de artistas pensadores e provedores: Chico Science (que Deus o tenha!), MV Bill, Marcelo Yuka, Luo (APC 16) e tantos outros que vivem num quase anonimato fazendo um trabalho fabuloso  de combate à desnutrição intelectual das comunidades marginais nas grandes cidades deste maravilhoso país tropical, através de ações diretas e voluntariado. Isso sem falar nas ONGs que montaram ou apóiam.

Na verdade o maior de todos os vilões, repito, somos nós que ficamos com nossas nádegas mentais sentadas num trono utópico com a boca escancarada cheia de cáries esperando a sorte sentar (e esperar)!

Mestre W. Moura, incorporando com categoria o Capitão Nascimento em "Tropa de Elite", disse: "Nunca serão! Nunca serão!"

Eu o parafraseio!